Destaca-se por seu forte caráter crítico e objetivo: os realistas consideravam a subjetividade um empecilho à avaliação exata da realidade. Também foge do egocentrismo romântico, sendo os temas sociais muito correntes. Seus autores em geral defendiam a tese do Determinismo, segundo a qual o homem seria formado a partir de três fatores: o meio, a raça e o momento histórico.
Revelando a realidade sem distorções, evidenciando suas falhas, os autores realistas buscavam estimular a mudança das instituições sociais e dos comportamentos humanos. Os valores dessa escola literária refletiram-se em várias outras artes, como o teatro e a pintura.
O Naturalismo pode ser visto, de certa forma, como uma radicalização do Realismo. Seu principal foco era a observação extremamente fiel da realidade, e buscava, em suas obras, mostras através de exemplos que o homem é exclusivamente produto das vertentes do Determinismo. Uma das principais diferenças entre o Realismo e o Naturalismo é que enquanto o primeiro em geral destacava a psicologia de seus protagonistas, seus conflitos pessoas, o segundo os ignorava – seu foco “preferido” era o meio externo à personagem.
Dentre suas características mais marcantes estão o apego extremo à objetividade (descrições exaltadas de paisagens e personagens são desprezadas), a crença na razão (dando esta lugar à emoção, sugerindo frieza ou até mesmo crueza nas relações amorosas), o materialismo, o cientificismo (postura radical nos autores naturalistas), o determinismo e a presença de personagens patológicas, dotadas de temas que muitas vezes chocaram a sociedade da época, como homossexualismo, lesbianismo, incesto, taras sexuais, loucura, adultério, racismo e prostituição. Algumas das obras brasileiras de maior destaque dessa fase são “O Ateneu”, de Raul Pompéia; “O Mulato”, “O Cortiço” e “Casa de Pensão”, de Aluísio de Azevedo; e “Bom Crioulo”, de Adolfo Caminha.
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